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Baam Slam : 3º Internatiotnal Skate Contest In Lisboa - FIL 8-12 Fevereiro Parque das Nacções

quinta-feira, agosto 12

Resposta a comentário da última publicação


Não posso deixar de publicar esta opinião, que surge depois de um comentário anónimo publicado neste blogue. Não sei de quem é, e tenho pena que, ainda hoje, exista quem tenha medo de dar a cara pelas opiniões que tem!
Partilho na íntegra tudo o que foi dito, e dou a cara sobre aquilo que penso, assunto já muito discutido com diversos parceiros do “skate”. Como responsável por uma empresa que trabalha quase em exclusivo na área do skate nacional, não entendo também o porquê da falta de interesse e vontade de muitos para que seja possível organizar a “cena” do skate nacional. Pois este, tem que seguir o mesmo caminho que nos outros países, tem que estar organizado, e acima de tudo, tem que dar a possibilidade à escolha: escolha de quem quer do skate, além da diversão que proporciona, também um desporto, desporto sério que tem quer ser levado a sério; e escolha, de quem quer apenas do skate um “life Style” e um complemento do dia a dia.
Tudo é opção, mas há que ter hipótese de escolha!
Para isso, sem dúvida, tem que existir organização, tem que existir uma federação, mas antes de tudo, temos que organizar as associações que existem para aí, cada uma de costas virada para si mesmo, sem entender que assim continuamos a “trabalhar sozinhos”.
Tem que ser fomentadas e desenvolvidas escolas de aprendizagem da técnica do skate, tem que ser ensinado por quem sabe e tem prazer em transmitir o seu saber e pensar que está a ensinar alguém para chegar mais longe.
Não ter o receio de que o ensino e a organização traga desportistas mais fortes, tecnicamente e que consigam a projecção do skate nacional. Faz parte da vida, faz parte da evolução!
Vamos acabar com os “Velhos do Restelo”, e mudar a mentalidade de quem aprendeu sozinho, com todo o mérito que têm! Pois existem maneiras mais fáceis, enquadradas em soluções de método desportivo estudados e testados que potenciam a evolução da modalidade.
Vamos acabar com os “papões”, vamos acabar com o pensamento, de que quem quer fazer, de que quem o faz, só o faz pelo “tacho”, pelo “poder”.
Deixo só uma reflexão, que muitas vezes faço a mim mesmo: o 1º evento do Gugu & Gaga foi em 2007, com apenas 6 anos de idade, os mais novos a participarem. Hoje, passados 3 anos, continuam a ser os mais novos. Porquê?
Não será por não existirem escolas técnicas? Não será por não se dar o mérito que os mais novos merecem? Não será pela falta de articulação entre as diversas entidades? Não será?? Não será?? … 
Será por tudo isto e muito mais e certamente não é culpa da Federação Nacional de Surf!

Obrigado pelo tempo. Paulo Ribeiro

2 sk8tadas:

Anónimo disse...

Completamente de acordo!

Falta mudar mentalidades, credibilidades, e acreditar na potencialidade dos skaters portugueses, porque o que existe por cá também é bom. Muito Bom!!

Irrita-me a constante admiração por tudo o que se faz lá fora e a sempre presente crítica negativa do que se faz cá dentro.

Apoiar todos aqueles que, de uma ou outra forma, tentam fazer com que a comunidade evolua e seja respeitada no meio desportivo nacional e internacional.

Vemos por toda a Europa (para não falar nos states que estão a anos luz) excelentes infra-estruturas, grandes eventos, grandes atletas, e por cá...? Excelentes atletas temos, falta o resto! Falta deixarem fazer o resto! Falta acreditar no que é nosso! Falta apoiar, transmitir o conhecimento, partilhar o que sabemos.

Sem a partilha não seríamos nada...

APoiem-se, unem-se e lutem como um todo! Só assim o skate nacional terá um lugar de destaque na cena mundial.

Aproveito para dar uns valentes PARABÉNS pelos excelentes resultados dos nossos putos, e dos tugas em geral!!!

Susana Torroais

Bárbara disse...

Sei que venho tarde em resposta a este post, mas antes tarde que nunca. É realmente de notar a falta de "credibilidade" que se dá ao skate em Portugal. E eu, como imparcial que sou, pois não sou skater nem nada que se pareça, consigo-o comprovar a anos luz. Por isso mesmo digo e volto a repetir, directamente a ti, Paulo, que tu e os teus "miúdos" são O Exemplo. Somos descobridores do mundo, mas muito depressa perdemos tudo. Somos um país pequeno, dotado, mas pouco capaz. E porquê? Por perguiça, típicamente Tuga. Gostamos pois de meter rótulos em pessoas, estilos de vida e gostos pessoais. "Porque quem anda de skate é maluco, só estragam ruas e, por exemplo, na Praça da Figueira, magoam os velhotes que vão a passar". Vocês são o exemplo para o pessoal que se deixa ficar no sofa a ver novelas e que pouco vai à rua, mas que sabe da vida toda de toda a gente do bairro. Além de um desporto, é um bem estar que vocês, skaters, sentem. Mais do que arte, é realização pessoal. E não há nada melhor do que sermos felizes e deixarmos os outros serem felizes! "Produto nacional? Para quê? O estrangeiro é que é bom" ... E às vezes é, de facto. Temos de tentar mudar mentalidades, fazer acreditar que temos TALENTOS aqui dentro, que podemos alimenta-los, porque lhes sabe bem, toda a gente gosta de ser reconhecido. Se é porque se skata na rua é porque é mau e estraga, se se faz manifestações, somos parvos e queremos confusões, se isto é porque aquilo... E assim continuamos, aos anos. Sou apologista de uma união em massa, o Skate Nacional merece e mais que tudo - precisa. Sou uma, mas uma faz número; estou com vocês. Um beijo, Bárbara Vaz Pereira